quarta-feira, agosto 29

Conversas

Numa conversa desprovida de qualquer nexo ou sentido existe sempre uma quantidade exorbitante de "nés" (abreviação de: não é?). Que mania têm estas pessoas de nos forçar a afirmar que uma conversa patética como aquela que se está a ter, tem porventura algum juízo, ou melhor, que necessita da nossa aceitação.

"Estes gajos ou são burros ou comem palha!"

Ela disse: "Vê lá se as queres pagar?"
Ele repondeu: "Então paga na mesma moeda que o troco é igual!"
Ela deu-lhe um estálo...

Um lugar na merda

Como grande parte da pessoas, eu gosto de viajar. Dependendo do tempo disponível (entenda-se: sendo tempo igual a dinheiro) parto rumo ao mundo, seja de avião, comboio, expresso ou de carro. Seja a viagem que for o mais provável é encontrarmos alguém com qual nunca nos haviamos cruzado, alguém que nos acrescenta ao conhecimento algo de bom, algo de positivo. Porém a rosa não é só feita de pétulas, tem também um caule, e esse caule está cheio de uma coisa fina feita de propósito para nos magoarmos!

Digam-me por favor, porque é que quando vou num expresso, com lugares disponíveis, e que grande parte das pessoas não respeitou o lugar que lhe pertence e que está indicado no bilhete, tem de existir sempre uma "desgraçada afogada em moralidade" aos berros, a queixar-se que alguém lhe roubou o lugar? Que berros dáva a abjecta, entupida até ao tutano de vaidade, convencida de tal certeza moral de que: "Voçês faltaram ao respeito perante a indicação do lugar e, portanto, às pessoas que pretendem seguir a cumprir e respeitar, blá blá blá..., pardais ao ninho".

Um dia destes começo a vender lugares na pocilga. Não sei quem faria mais barulho, se os porcos ou as pessoas!