quarta-feira, junho 9

Desculpas

Gostava de pedir desculpa muitas vezes, se tu também fosses capaz de o fazer. Mas tens tu culpa de alguma coisa? Não. Não serias capaz de assumir tal coisa. Não é por falta de coragem, mas porquê te dares ao esforço.
O ser amorfo chegou ao pé de mim e disse: Não vês que sou uma desilusão?
Não, não ando sempre de olhos abertos. Não pensava que precisa de olhos para te ver. Pensava que eras algo de extraordinário, e esses algos não se vêm por tais instrumentos. Mas tu podias ser tanta coisa, porque não o és?
Eu sou, nada para ti.
E não passaras do nada pois não?
Não!
Não te chateies, vazia já tu te sentes e no entanto apresentas-te cheia! Pois bem, rebenta então... Já não estou cá para juntar as peças e sinto-me mal por te dizer isso, mas tu também já não tens desculpa sabes?