segunda-feira, junho 29

Não sou culpado, nem sequer fui considerado arguido. Não é um verbo fácil mas eu já o tinha entendido, até já o tinha posto em prática outrora, naquele passado bem próximo se é que te recordas. Eu não sou propriamente um livro aberto e compreendo a tentação de não truncar nada quando este está escancarado e ao teu dispor, tal e qual uma virgem molhada deitada na tua cama, de pernas descobertas e à espera de ser esventrada.

Para a próxima vê lá se omites alguma coisa desta obra literária ou isto deixa de ser um romance e torna-se em um manual de uma qualquer máquina de lavar roupa.

domingo, junho 28

O desejo de ser desejado

Mais propriamente o desejo ao quadrado. É afirmativo, determinante e teimoso. É a moda na estatística do Ser Humano. Quem é que fica cinicamente indiferente quando alguém diz que nos ama?

Juntem-lhe a seguinte frase e podem sempre tornar a cena mais romântica: "Vá lá, podes-me foder e eu nem preciso de saber o teu nome!"