quinta-feira, fevereiro 10

Não sei como o fazes.
Mais ainda, não sei como o fizeste.
Se fosses minha mãe com certeza que o terias feito enquanto me tinhas no teu ventre,
portanto como é que o conseguiste?
A verdade é que eu sei que está lá,
aquela caixa
perto daquilo que me faz correr o sangue,
que me faz correr o sangue e que me alimenta a vida,
e por vezes a morte.
Está lá,
aquela caixa com o teu nome gravado,
que eu quero abrir e que nem a porrada ela se desmancha.
Nem quando bato forte com o peito no calhau que geraste,
na pedra mole que não sei se alguma vez se partirá mas que quero ver partida.
Se tiveres vontade de a ver-se desmanchar já é um começo.
A verdade é que faz parte de mim,
esse segredo que é teu.
Vá lá conta-me,
como é que me fizeste gostar tanto assim de ti?