A tarde desenhava-se como outra qualquer de primavera. Tinha acabado de chegar de viagem quando a ouvi fechar a porta com força. Sentia-a deambular pelas divisões da casa como um cão preso no quintal, revoltado por estar fechado, preocupado em perceber qual seria o melhor lado para conseguir um salto certeiro sobre a vedação. Sem mais demoras rompeu pelo meu quarto! A senhora tristeza vinha com um ar determinado mas com um aspecto consumido de quem tem algo muito importante a dizer mas que não sabe como.
“Vem comigo”, disse ela!
Queria lhe dizer que não me apetecia, que tinha acabado de chegar de viagem e que a última coisa que queria fazer era andar ao ver se me apanhas com ela. No entanto a curiosidade não me deixou! Puxou-me da cama com as suas mãos meigas e fez-me uma festa na cara. Nem reparei que ela também ali estava conosco naquele quarto. Ao lado da senhora tristeza fica tão pequenina e frágil que é impossível negar-lhe alguma coisa. Fico sempre com vontade de a abraçar, de a beijar, de a mimar, quando a vejo!
Lá partimos os três. À frente ia a senhora tristeza com o seu passo acelerado, seguida da linda curiosidade aos saltos e a cantarolar algo que não me era estranho mas que eu não conseguia entender bem devido à distância que existia entre mim e ela.
Fui o último a chegar, claro está! Fiquei surpreso quando olhei para aquele cenário. Não contava nada que fosse aquele o sítio onde a senhora tristeza me queria trazer.
“Observa bem!”
Estávamos no passado, na tua cozinha. Nela estavas tu e ele. As palavras voavam em círculo em cima das vossas cabeças. Eu adoro-te, Gosto muito de ti, Fascinas-me, O que era de mim sem ti? Tocavas-lhe no cabelo enquanto roçavas a tua face na sua cara meiga, escondida por baixo daquela barba lisa e fraca que tanto gostavas. E que ainda gostas.
“És tão fofo, sabias?” - dizias tu.
Olhei para a Senhora tristeza. Não precisou de abrir a boca. Percebi exactamente porque é que ela me trouxera ali. O que sou eu para ti? De que maneira é que te preencho? Como é que uma caixa vazia como eu te pode fascinar?
De repente deixei de conseguir ouvir os meus pensamentos. Começou a chover. Sei que a senhora tristeza aproveitou para se desfazer em lágrimas e confundiu-se com a chuva que caia com força na minha cabeça. Da curiosidade não existia nem rasto. Presumo que tivesse ido jogar à macaca com alguém. Ficara ali sem conseguir pensar e sem ninguém para me levar a casa. Não conseguia ver nada à minha frente. Decidi ficar quieto na esperança de aquilo ser tudo esquema do Lorde Ciúme!
“Vem comigo”, disse ela!
Queria lhe dizer que não me apetecia, que tinha acabado de chegar de viagem e que a última coisa que queria fazer era andar ao ver se me apanhas com ela. No entanto a curiosidade não me deixou! Puxou-me da cama com as suas mãos meigas e fez-me uma festa na cara. Nem reparei que ela também ali estava conosco naquele quarto. Ao lado da senhora tristeza fica tão pequenina e frágil que é impossível negar-lhe alguma coisa. Fico sempre com vontade de a abraçar, de a beijar, de a mimar, quando a vejo!
Lá partimos os três. À frente ia a senhora tristeza com o seu passo acelerado, seguida da linda curiosidade aos saltos e a cantarolar algo que não me era estranho mas que eu não conseguia entender bem devido à distância que existia entre mim e ela.
Fui o último a chegar, claro está! Fiquei surpreso quando olhei para aquele cenário. Não contava nada que fosse aquele o sítio onde a senhora tristeza me queria trazer.
“Observa bem!”
Estávamos no passado, na tua cozinha. Nela estavas tu e ele. As palavras voavam em círculo em cima das vossas cabeças. Eu adoro-te, Gosto muito de ti, Fascinas-me, O que era de mim sem ti? Tocavas-lhe no cabelo enquanto roçavas a tua face na sua cara meiga, escondida por baixo daquela barba lisa e fraca que tanto gostavas. E que ainda gostas.
“És tão fofo, sabias?” - dizias tu.
Olhei para a Senhora tristeza. Não precisou de abrir a boca. Percebi exactamente porque é que ela me trouxera ali. O que sou eu para ti? De que maneira é que te preencho? Como é que uma caixa vazia como eu te pode fascinar?
De repente deixei de conseguir ouvir os meus pensamentos. Começou a chover. Sei que a senhora tristeza aproveitou para se desfazer em lágrimas e confundiu-se com a chuva que caia com força na minha cabeça. Da curiosidade não existia nem rasto. Presumo que tivesse ido jogar à macaca com alguém. Ficara ali sem conseguir pensar e sem ninguém para me levar a casa. Não conseguia ver nada à minha frente. Decidi ficar quieto na esperança de aquilo ser tudo esquema do Lorde Ciúme!