domingo, janeiro 17

É bom voltar a sentir confiança em mim mesmo depois de acabares comigo. Ainda fazes parte de mim, eu sei e tu sabes, contudo existe algo que me impele a pensar que sou capaz de empurrar montes e fazer deles suaves planaltos, pegar em ti e pousar-te neles, e assim ficares ao lado das nuvens, mais perto do sol para me iluminares como antes me iluminavas, ou como antes gostavas de me iluminar.

Posso sempre esperar que te queimes e que te fodas pois não conheci nunca um mundo com dois sóis. Também nunca conheci um mundo sem ele, que puta de realidade aquela que tenho de enfrentar. Não te julgo. Eu se fosse Sol também não gostava de estar no teu lugar. Mas não pesas a reforma que isto é tudo da escrita para fora. Não estava à espera que apagasses a luz.