quarta-feira, fevereiro 3

Não te via à tanto tempo que só agora tive noção de como estava diferente. Para ti não foi surpresa. Cuidas-te de mim desde muito novo, sempre à espreita, encostada à ombreira da porta com cuidado o suficiente para não entrares no meu mundo mas também para nunca te afastares dele. Oh, mas ele cresceu e eu coloquei-me a um canto muito afastado de ti, perto de uma janela, sempre pronto a abri-la e a saltar quando me sentisse muito apertado, se a divisão começasse a abarrotar de gente, de gente boa e de gente má. Não te terias importado se o fizesse pois sabias que não me irias perder de vista facilmente, e logo eu, que tanto gosto de pular acima da multidão, não fosse o facto de teres vindo a piorar da vista. Ainda assim dizes que gostarias de me ter apresentado a tua filha, que seria a pessoa mais extraordinária para tomar conta de mim e eu a melhor pessoa para tomar conta dela. Extraordinária és tu, razão por acredito que sejas tu a responsável para hoje ser apaixonado pelas coisas belas. Tu, maravilhosa pessoa, deusa mulher. E deixaste-me alguns concelhos.

João, as aves voam muito mais vezes em bando que sozinhas e todas elas têm um ninho. Vai dando notícias sim?
Yes maam!