sexta-feira, outubro 16

Chamam-me muitas vezes de sonhador e a verdade é que eu sonho muito, mas sonho quando estou acordado. Sonhar é pensar insistentemente em alguma coisa e para pensar em alguma coisa com tamanha fome é preciso não estar a dormir. Aliado à ambição o sonho transforma-se numa ferramenta extraordinária - a Pá. Pá essa que é usada para escavar a nossa própria cova.
Escavada a cova podemos ser enterrados de duas maneiras: ou com terra ou com água. O primeiro caso não é muito desejável. Escavamos e escavamos por esse mundo da esperança e da determinação até ao momento em que as paredes cedem e desabam sobre ti. A segunda hipótese e por muito estranha que pareça é a maior causa de morte de um sonhador mas também o salto para a realização. Trata-se de enfrentar a chuvada e rajadas de frustrações que te vão enchendo o fosso até ao topo, o que se torna uma forma de saída para os bons nadadores que resistem e vão boiando até se agarrarem à margem.

"Porra, já parti mais uma pá!
"