terça-feira, janeiro 5

Fazemos muitas vezes de conta que somos especiais para os outros, aqueles que são especiais para nós, e na realidade somo-lo. Somos especialmente descabidos na primazia que lhe fazemos, esticando a mão e colocando a maçã à frente dos seus olhos, ansiando pela doce trinca, à espera do suculento mastigar, mas na verdade não a engolem e não nos engolem a nós por conseguinte. O que é doce é para ser saboreado e o que é azedo e para ser comido e deglutido como se do fruto dos deuses se tratasse, como se no altar do sacrifício achasses que era teu dever deitar.

Nunca me irás comer pois eu das árvores não cresço e aos deuses nunca chamei de progenitores!