sexta-feira, maio 14

Do sentido, se é que há algum...

Apesar do lados que nos é permitido escolher, acabamos por força do sentido seguir adiante. Esquerda, direita, frente são irrelevantes, para trás nem sequer existe nas mudanças do continuar. Somos por vezes confrontados com a frase isto não faz sentido, quando nos sentimos embalados pela força da circunstância. Ainda assim existe sempre uma paragem, uma estação, um lugar para identificar o ponto onde nos encontramos no mapa dos sentimentos. E pode parecer estranho mas andamos sempre às voltas, de outra forma não poderia ser, visto que acabamos por encontrar nas novas estações certas semelhanças com as antigas por que passámos.

Parei na mágoa, e antes já havia passado pela dor, e penso que devo mudar de transporte. Vou deixar o comboio e apanhar um avião e perder-me no sentido do trajecto, fazer escala em algum ponto do meu ser e embarcar novamente, e parar lá no alto para não precisar de saber onde fica a minha alma, se à esquerda, se à direita, se ao pé de ti.

O que é que nos separa? O meio de transporte talvez...